sexta-feira, 30 de abril de 2010
Programa 3: Cerco
Entre os caiçaras de Búzios a história é parecida: aprenderam a pescar ainda crianças, sabem montar rede, conhecem as calmarias para navegar e observam que hoje já não existe tanto peixe como no passado. É da pesca que vem o termo “caiçara”, palavra do tupi que significa armadilha para peixes ou palhoça para guardar apetrechos de pescadores.
Em Búzios se pesca de anzol, de rede e cerco, uma armadilha oriental para os peixes. Até 1960, a agricultura era a principal fonte de renda dos caiçaras de Ilhabela. Hoje, a pesca é a a base econômica da comunidade.
Há mais de 10 anos que a venda do camarão compensa mais que a do peixe, pois dá em maior quantidade e o ano todo. Por ser encontrado próximo ao continente, longe, portanto, de Búzios, muitos moradores da ilha migraram para outras praias ou para centros urbanizados. O principal destino é o bairro de São Francisco, em São Sebastião. Lá funciona uma cooperativa de pesca com 79 cooperados, incluindo moradores e ex-moradores de Búzios. Ao todo, são 10 embarcações da ilha que descarregam peixe, em média, a cada cinco dias.
Deixar a Ilha de Búzios para viver em um centro urbanizado obriga os caiçaras a adotarem novos hábitos, que vão contra o modo de vida tradicional.
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